Para aproximar acionistas e investidores, o Panorama Itaúsa, que este ano aconteceu no dia 01/12, é transmitido ao vivo, pelo YouTube. A novidade dessa edição, foi o painel que reuniu Alfredo Setubal (CEO da Itaúsa), Milton Maluhy Filho (CEO do Itaú Unibanco), Radamés Casseb (CEO da Aegea) e Waldo Perez (CEO interino, CFO e DRI da CCR), em um debate sobre as estratégias da holding e das investidas, e o papel de cada uma na transformação do futuro do país. A mediação foi realizada pela jornalista de economia Juliana Rosa.
Um resumo sobre o futuro de cada investida
Sobre o Itaú Unibanco, âncora do portfólio, Milton Maluhy Filho destacou a expansão do crédito como um dos destaques da atuação do banco, que possui cerca de R$ 1,2 trilhão em sua carteira, bem como, acelerar os investimentos no digital e em sua estratégia de ‘centralidade do cliente’.
A Alpargatas deve continuar conduzindo sua estratégia de internacionalização, que ganhou força com a compra da Rothy’s há um ano. Segundo Roberto Funari, um dos destaques deste ano foi a construção do maior centro de distribuição da indústria de calçados do Brasil, além da realização de investimentos em um centro de inovação para o desenvolvimento de projetos inéditos que poderão ser capazes de abastecer o mercado global.
Já a Dexco, dona de marcas como Deca, Hydra e Portinari, e que atua em um setor sensível aos juros e ao PIB, já tem um crescimento contratado. A partir do ano que vem, a LD Celulose, que é a joint venture da Dexco com a empresa austríaca Lenzing e que atua em celulose solúvel, já começa a operar a plena capacidade. Adicionalmente, no segmento de revestimentos cerâmicos, a perspectiva é de investir em mais automação, gerando mais eficiência, pois a fabricação ainda é quase artesanal, feitas à mão, peça por peça.
Na CCR e na Aegea, as oportunidades de crescimento vêm tanto das concessões já ganhas quanto de novas que virão nos próximos anos. Segundo Waldo Perez, existem mais de R$ 130 bilhões em investimentos a serem licitados (só em rodovias). Para Radamés Casseb, a Aegea tem um papel fundamental para o desenvolvimento do país, que possui cerca de 100 milhões de pessoas sem acesso a saneamento básico, conforme dados apresentados.
A Copa Energia, a dona da Copagaz e Liquigás, tem a oportunidade de entrar em energias renováveis, diversificando a atuação da empresa para além do gás liquefeito (GLP). Caio Turqueto apontou que a agenda ESG da empresa, que foi uma das primeiras a assinar compromissos sustentáveis, contempla a ambição de ser referência em inovação no setor de atuação e ser um balcão de soluções energéticas que sirva os clientes e contribua para a descarbonização do meio ambiente.